A rica cultura marajoara é tema de festival na AP 

Nesta sexta-feira, 17, a Assembléia Paraense realiza a 1ª edição do Festival Marajoara, a partir das 18h, no Boulevard AP (sede campestre). Participam 

o grupo musical Batuque de Preamar, o Grupo de Tradições Folclóricas “Os Aruãs”  e  haverá uma demonstração da luta marajoara. Para completar, o  festival contará com a participação de sete restaurantes que servirão pratos típicos da deliciosa culinária do Arquipélago do Marajó. Além dessas atrações, também terá animação musical com o DJ Ivan Davis. 
Música, Dança e LutaO Batuque de Preamar é um grupo musical de Soure, formado em 2024, dedicado à preservação e reinvenção das tradições sonoras amazônicas.

Idealizado pelo músico e compositor Yuri Guimarães e cofundado pela percussionista e pesquisadora Brisa Romana, o grupo reúne mestre e artistas de diferentes gerações que compartilham o compromisso de manter viva a cultura popular marajoara. Sua criação parte da escuta dos mestres e da força coletiva das comunidades ribeirinhas. 
O repertório atravessa ritmos como o carimbó, o lundu marajoara, a toada e expressões da música popular brasileira, preservando a cadência dos curimbós e o canto da vida praiana. 

“Mais que um grupo musical, o Batuque de Preamar se firma como um movimento de continuidade da arte marajoara. Em cena, revela um Pará ancestral e contemporâneo, onde cada compasso reafirma a potência criativa das comunidades amazônicas e a certeza de que o Marajó segue cantando, vivo, coletivo e luminoso.”, destaca Yuri Guimarães.
O Grupo de Tradições Folclóricas “Os Aruãs” foi fundado em 1988 em Soure. O nome homenageia uma tribo indígena que habitou a Ilha de Marajó nos séculos XVII e XVIII. “O objetivo do grupo é preservar as raízes culturais marajoaras, por meio das danças folclóricas”, explica o presidente do grupo, Daniel Nunes.

Ao todo, são 16 danças cultivadas em vários municípios do Pará, como Vaqueiro Marajoara, Lundu, Chula Marajoara, Angola, Siriá, Marambiré, Batuque Amazônico, Abaluaê, Xote Bragantino, Carimbó, entre outras.

A luta marajoara é muito praticada nos municípios como Soure, Salvaterra, Ponta de Pedras, Breves e Cachoeira do Arari, segundo pesquisadores. É um confronto entre dois lutadores e o objetivo é derrubar o oponente de costas no chão.

A programação é para o público conhecer e apreciar a genuína arte marajoara, desenvolvida para preservar a tradição ancestral da Região, com muito colorido, batuques e alegria.