O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu alta no início da tarde desta quinta-feira (16/10) após ser internado por um quadro de mal-estar. Ele estava no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, desde a noite anterior e agora seguirá o tratamento em casa, enquanto aguarda o resultado de exames complementares. A suspeita inicial é de uma virose.
A alta médica ocorreu por volta das 12h45, segundo nota oficial do STF. Os médicos consideraram o estado clínico do ministro estável, permitindo que ele continuasse o uso de medicamentos em domicílio.
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Abrir em tela cheiaO episódio aconteceu a apenas dois dias da aposentadoria antecipada de Barroso, marcada para sábado (18/10). Aos 67 anos, ele decidiu encerrar a carreira no Supremo após mais de uma década na Corte, alegando o desejo de se afastar da exposição pública e se dedicar a outras atividades, como literatura e espiritualidade.
Nos últimos dias antes da aposentadoria, Barroso intensificou o ritmo de trabalho. Entre 29 de setembro e 14 de outubro, assinou 237 decisões judiciais, o equivalente a 84% de todas as emitidas por ele em 2025. Com isso, reduziu parte de seu acervo, que ainda soma cerca de 900 processos.
Além de despachar casos, o ministro conciliou a rotina de julgamentos com uma série de encontros de despedida. Na terça-feira (14/10), foi homenageado em jantar oferecido pelo advogado Murillo de Aragão, com presença de ministros, parlamentares e integrantes do governo. No dia seguinte, seu gabinete havia preparado uma confraternização, cancelada após o mal-estar que o levou ao hospital.
Antes de ser internado, Barroso orientou sua equipe a manter a rotina de análise de processos e a se preparar para o plenário virtual que se iniciaria nesta sexta-feira (17/10), o último de sua gestão. Ele optou por não participar das sessões presenciais do Supremo, concentrando-se no fechamento de votos e despachos pendentes.
Desde que deixou a presidência do STF, em setembro, o ministro vinha se dedicando à conclusão de processos herdados de sua própria gestão e dos repassados por Edson Fachin, novo presidente da Corte.
A partir de sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá indicar o sucessor de Barroso, sua terceira nomeação para o Supremo neste mandato.