O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, anunciou nesta quarta-feira (15/10) que a estatal está em negociações para receber um empréstimo de R$ 20 milhões para lidar com a falta de caixa que vem assombrando os Correios desde 2024. Ele ressaltou, no entanto, que, mesmo com o aporte, a estatal só deve voltar a ter lucro em 2027.
“A operação de crédito visa reequilibrar a empresa nos anos de 2025 e 2026. Ter tempo de adotar as medidas que começam a impactar em 2026, para em 2027 a gente conseguir iniciar um ciclo de balanço no azul. Ou seja, lucro em 2027″, afirmou.
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Rondon destacou em sua fala que as despesas dos Correios vêm crescendo a um ritmo anual de 6% ao ano, incluindo a inflação. Em setembro, a empresa divulgou o balanço referente ao primeiro semestre de 2025, registrando um prejuízo de R$ 4,3 bilhões. No mesmo período de 2024, a perda havia sido de R$ 1,3 bilhão.
“O que aconteceu de fato aqui, é que a nossa empresa não se adaptou de uma forma ágil a uma nova realidade e essa falta de adaptação fez com que a gente sofresse no resultado, com falta de caixa”, afirmou Rondon.
Desde abril, transportadoras que prestam serviço para a estatal estão paralisadas ou funcionando em ritmo mais lento, atrasando a entrega de mercadorias. Além disso, no início do ano, os Correios tiveram um atraso para pagar a comissão das agências conveniadas – que prestam serviço de recebimento e despacho de encomendas.
Para lidar com a crise, Rondon informou que a empresa lidará em três frentes:
- Corte de despesas operacionais e administrativas;
- Busca pela diversificação de receitas, com recuperação da capacidade de geração de caixa;
- Recuperação da liquidez da empresa.