A cantora Fafá de Belém esclareceu, nesta terça-feira (14), informações sobre uma investigação do Ministério Público do Pará (MPPA) envolvendo supostas irregularidades na aplicação de R$ 1,5 milhão destinados ao evento Varanda de Nazaré, realizado anualmente durante o Círio de Nazaré, em Belém.
De acordo com a artista e sua equipe, o episódio decorreu de um erro material no Diário Oficial do Estado, que mencionou de forma equivocada o nome do projeto. Uma errata oficial já foi publicada, confirmando que a apuração não diz respeito à edição de 2024 da Varanda de Nazaré.
Em nota pública, Fafá ressaltou que o evento é uma iniciativa independente, com 15 anos de trajetória, construída “com dedicação e conduzida dentro dos mais altos padrões de legalidade, transparência e responsabilidade na gestão cultural”. A produtora Kaiapó Produções, responsável pela organização, informou ainda que todas as etapas de planejamento, captação e execução são formalmente documentadas e seguem as normas legais.
A edição de 2024, segundo a nota, não recebeu recursos da Lei Semear, programa estadual de incentivo à cultura, nem repasses diretos do Governo do Pará. O evento contou apenas com apoio institucional na estrutura, prática comum em manifestações culturais de grande porte, sem qualquer vínculo financeiro com o poder público.
Fafá destacou ainda que o projeto é viabilizado por parcerias públicas e privadas regulares, com contratos formais e prestação de contas aos órgãos competentes. O evento se consolidou como uma referência nacional na valorização da fé, da cultura e da identidade amazônica, contribuindo para a promoção do Círio e da cultura paraense no cenário nacional e internacional.
“A Varanda de Nazaré é uma iniciativa independente, construída e mantida com dedicação, amor e conduzida dentro dos mais altos padrões de legalidade e transparência”, diz trecho da nota.
“Reafirmamos nosso compromisso com a ética, a cultura e o fortalecimento da identidade amazônica.”
A cantora finalizou reforçando que apoia as apurações do Ministério Público e que segue comprometida com a valorização da cultura paraense e da espiritualidade amazônica.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA:
“A Kaiapó Produções e a artista Fafá de Belém informam que são as maiores interessadas em que se investiguem os fatos tornados públicos recentemente. A Varanda de Nazaré é uma iniciativa independente, com 15 anos de história, construída e mantida com dedicação, amor e conduzida dentro dos mais altos padrões de legalidade, transparência e responsabilidade na gestão cultural. Todas as etapas de planejamento, captação e execução seguem processos formais e devidamente documentados, em conformidade com a legislação vigente.
A edição de 2024, mencionada em publicações recentes, não recebeu qualquer recurso da lei de incentivo estadual do Pará (Lei Semear) nem qualquer tipo de repasse financeiro do Governo do Estado. A citação do nome da Varanda em edição do Diário Oficial daquele ano resultou de erro material, corrigido oficialmente em errata publicada no DOE dias depois, ficando claro que tal processo não se tratava do projeto. A Varanda de Nazaré 2024 teve relação de apoio institucional com o Governo do Estado, contando unicamente com apoio na estrutura do evento – prática comum em grandes manifestações culturais -, sem qualquer tipo de vínculo financeiro direto.
Ao longo de sua trajetória, a Varanda tem sido viabilizada por parcerias públicas e privadas firmadas de forma regular, com critérios técnicos, contratos formais e ampla prestação de contas aos órgãos competentes – o que reforça sua credibilidade e o reconhecimento que conquistou como referência nacional de valorização da fé, da cultura e da identidade amazônica. A Kaiapó Produções e a artista Fafá de Belém reafirmam seu compromisso com a ética, a transparência e o fortalecimento da cultura paraense, mantendo a dedicação de promover o Círio de Nazaré e o Pará no cenário nacional e internacional como expressões genuínas da espiritualidade e da diversidade da Amazônia.”