Humorista é condenado por piada capacitista sobre participante de reality da Netflix

há 6 dias 11
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O comediante Marcelo Duque foi condenado a indenizar Ana Bianca Sessa, ex-participante do reality “Casamento às Cegas“, da Netflix, após fazer uma piada considerada capacitista em um vídeo publicado nas redes. Segundo informações divulgadas pelo g1 nesta quinta-feira (16/10), ele deverá pagar R$ 10 mil por danos morais e está proibido de repetir qualquer tipo de brincadeira relacionada ao fato de a mulher não ter a mão esquerda. Caso desrespeite a decisão, será aplicada uma multa de R$ 5 mil. A ação foi movida por Bianca, de 31 anos, depois que o humorista ironizou sua deficiência ao comentar o reality.

A decisão é do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e ainda cabe recurso. Em abril deste ano, Duque já havia sido condenado em primeira instância, quando a indenização havia sido fixada em R$ 30 mil. A sentença partiu da 3ª Vara Cível de Santos, que classificou o comentário como capacitista e determinou a remoção imediata do vídeo, que somava mais de 500 mil visualizações.

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Marcelo Duque foi condenado a indenizar Ana Bianca SessaFoto: Reprodução
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Marcelo Duque foi condenado a indenizar Ana Bianca SessaFoto: Reprodução
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No registro, o humorista diz: “Quando você casa, onde você põe a aliança? Em qual mão? Esquerda! Na mão esquerda. Como chama o programa que acabei de falar? “Casamento às Cegas”. A mulher que está participando não tem a mão esquerda. Ela vai ser uma eterna noiva”. A gravação circula há cerca de dois anos.

A relatora do caso, Maria do Carmo Honório, destacou na decisão proferida no último sábado (11/10): “Ainda que seja óbvio que a ausência de uma das mãos não inviabiliza o casamento, a sátira feita pelo réu toca em incontroverso preconceito estrutural. E, tanto é verdade que, após responder à fala do réu, a autora foi alvo de inúmeros comentários e críticas maldosas em suas redes sociais”.

A magistrada também justificou a redução do valor da indenização para R$ 10 mil, avaliando que o montante inicial era desproporcional. “A identificação exigia conhecimento prévio e específico do programa”, afirmou Maria.

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