Médico deixa Corinthians acusando presidente de interferência e ignorância no futebol

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Nesta sexta-feira (17/10), o chefe do departamento médico do Corinthians, André Jorge, pediu demissão. O doutor explicou que sua saída foi motivada por interferências políticas dentro do clube e pela forma como o presidente Osmar Stabile conduziu mudanças recentes na estrutura do setor. As falas foram feitas em entrevista ao Ge.globo.

“O Osmar não sabe absolutamente nada de futebol”, afirmou. Segundo André Jorge, o episódio que culminou em sua decisão começou em setembro, quando o Corinthians contratou o médico Ricardo Galotti, ex-São Paulo, para ocupar o mesmo cargo que ele.

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Osmar Stabile - CorinthiansReprodução/YouTube: Corinthians
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Camisa do Corinthians amarelaReprodução/Instagram: @corinthians
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Camisa Corinthians no gramado da Arena BarueriReprodução/Instagram: @corinthians
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“Há dois meses, o presidente Osmar entrou e contratou o médico do São Paulo (Ricardo Galotti) para assumir o meu lugar. Eu pedi demissão naquele dia porque foi tudo escondido, até mesmo do Fabinho (Soldado, executivo de futebol)”, contou.

O ex-chefe do departamento médico revelou que, à época, chegou a permanecer no cargo após um pedido do presidente, mas que a convivência se tornou insustentável.

“Ele (Stabile) disse que era um pedido do grupo político do Fran Papaiordanou (conselheiro do clube). Naquela época, o presidente não aceitou a minha demissão, refez o departamento e me manteve na chefia. Mas, de lá para cá, tem acontecido algumas coisas para me minar, alguns desmandos do meu trabalho”, relatou.

André Jorge afirmou ainda que o novo médico chegou sem conhecer os processos internos do clube, o que teria gerado desconforto na equipe. “O cara (Ricardo Galotti) entrou do meio para o final da temporada sem conhecer nossos processos e nossas chancelas, mas ele era o homem do presidente”, disse.

Ele apontou falta de renovação contratual e ausência de diálogo com Stabile: “Não renovaram o meu contrato, voltei a reclamar com o presidente Osmar e me responderam que o clube estava com dificuldades financeiras. Então, dei um ultimato.”

Ao explicar como comunicou a decisão, o médico ressaltou o apoio do executivo de futebol, Fabinho Soldado, e criticou a postura da presidência: “O Fabinho sempre me apoiou. Liguei hoje para o Fabinho e expliquei meus motivos. Depois, o Osmar me ligou dizendo que ia tentar me segurar. Disse que assinaria hoje meu contrato de renovação, mas é conversa fiada. Eu estou há semanas tentando falar com ele. Nunca me atendeu, nunca falou nada. O Fabinho tentou reverter, mas entreguei o cargo.”

O médico também comentou sobre o peso da política interna nas decisões do clube. “Infelizmente, atrapalha muito o nosso trabalho. Lamento muito pela parte política porque eles (grupos políticos) não pensam no clube. Falei para o presidente: ‘Trabalhar no Corinthians com apoio já é difícil, agora sem apoio é impossível’. Dentro do Corinthians tem uma pessoa muito séria, que é o Fabinho. O Osmar não sabe absolutamente nada de futebol. Quem mantém o clube é o Fabinho”, afirmou.

Por fim, André Jorge negou que sua saída tenha relação com os recentes desfalques por lesão no elenco. “Não, de forma alguma. O Corinthians é o clube que mais rápido recupera jogadores no Brasil. O Reverson (preparador físico) e o Bruno (fisioterapeuta) fazem um trabalho incrível. O Bruno levou mais de R$ 1 milhão em equipamento novo para o Corinthians em permuta. Tudo coisa de primeira linha que não tinha no clube. A torcida bate na preparação física, mas eles trabalham muito pelo clube, pelo elenco. Jogador parado é dinheiro no ralo”, pontuou.

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