Documentos obtidos pela People mostram que Paris Jackson, filha de Michael Jackson, recebeu US$ 65 milhões da herança do pai e entrou na Justiça contra os gestores do espólio, acusando falta de transparência e pagamentos indevidos.
Documentos obtidos pela People nesta terça-feira (14) revelam que Paris Jackson teria recebido US$ 65 milhões (cerca de R$ 365 milhões) da herança do pai, Michael Jackson, em meio a uma disputa judicial com os gestores do espólio do Rei do Pop. Segundo a publicação, Paris — filha do meio do cantor — acusa os administradores da fortuna, responsáveis também pela imagem e pelos ganhos póstumos de MJ, de “falta de transparência” e de obterem lucros indevidos.
A petição foi apresentada no início deste ano, quando a jovem contestou o que seus advogados classificaram como “presentes e gratificações” pagos a três escritórios de advocacia. Paris alega que os pagamentos excessivos foram justificados como compensação por “tempo não contabilizado”, mas que jamais recebeu explicações sobre “por que o advogado foi incapaz de registrar o tempo não faturado, ou por que tal falha não deveria impedir o pagamento”.

A filha do cantor também acusa os gestores de realizarem “pagamentos indevidos”, que somariam cerca de US$ 625 mil (aproximadamente R$ 3,4 milhões), em transações feitas em 2018. No processo, Paris descreve as bonificações como uma “gorjeta luxuosa concedida a advogados já bem remunerados”.
Em resposta, os empresários que administram o espólio negam as acusações, classificando-as como “intencionalmente falsas”. Eles defendem que todas as bonificações foram justificadas pelos resultados obtidos no patrimônio de Michael.
“Poucos se beneficiaram mais da decisão empresarial dos Executores do que a própria Requerente, que recebeu cerca de US$ 65 milhões do Espólio em benefícios. Ela nunca teria recebido isso se os Executores tivessem seguido um manual típico para um espólio como este em julho de 2009”, diz o processo.
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Os executores afirmam, ainda, ter transformado um espólio profundamente endividado em uma marca global lucrativa. Citando elogios anteriores de um juiz, a defesa aponta: “A decisão empresarial dos Executores pegou um espólio que ‘começou como nada além de dívidas e obrigações substanciais contínuas’ e o transformou em um patrimônio de US$ 2 bilhões — uma potência e uma força no mercado musical atual”.
Após a morte de Michael Jackson, em 2009, o espólio acumulava dívidas estimadas em US$ 500 milhões (cerca de R$ 8 bilhões). Segundo os executores, desde então, o cenário foi revertido, com lucros provenientes de direitos autorais, licenciamento e acordos musicais, que continuam a gerar lucros expressivos para os herdeiros.
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