Castanhal, PA – A manhã desta quinta-feira (16) foi de intensa tensão e tumulto na Câmara Municipal de Castanhal. A sessão que discutia a reforma da Previdência do Instituto de Previdência do Município de Castanhal (IPMC) terminou em protestos acalorados de servidores públicos, resultando em um cenário de "quebra-quebra" e exigindo a intervenção da Polícia Militar (PM) para restabelecer a ordem e a segurança no local.
O projeto, que visa adequar o município às normas previdenciárias já adotadas nos âmbitos federal e estadual, foi o estopim da revolta. Após passar pela primeira votação, a proposta ainda retornará para apreciação final dos vereadores, mas o descontentamento da categoria já é notório.
Servidores Criticam Prejuízos e Falta de Diálogo
O clima ficou tenso rapidamente durante a reunião. Manifestantes e servidores públicos criticaram veementemente o projeto, argumentando que as mudanças propostas trarão prejuízos significativos à categoria. A principal queixa é a insuficiência do diálogo com o governo municipal, apesar da prefeitura afirmar ter incorporado cerca de 50% das sugestões apresentadas pelos representantes dos servidores ao texto.
Os servidores, no entanto, garantem que suas principais reivindicações não foram atendidas e consideram a proposta inadequada, evidenciando o fosso entre as partes. A mobilização promete continuar até que a votação final do projeto seja concluída.
Prefeitura Defende Necessidade da Reforma
Em contrapartida, a Prefeitura de Castanhal defende a urgência e a necessidade da reforma. O executivo municipal argumenta que a medida é essencial para que Castanhal se ajuste às normas previdenciárias vigentes, alinhando-se aos moldes federal e estadual, e reforça o argumento de que houve abertura para incorporar sugestões dos servidores no texto.
Apesar da defesa do governo e do projeto já ter avançado em primeira votação, a forte reação na Câmara Municipal nesta quinta-feira demonstra que o debate está longe de um consenso. A presença da Polícia Militar para conter os ânimos sublinha a seriedade e o nível da crise política e social em torno da previdência municipal. O futuro do projeto e a reação dos servidores permanecem em aberto para as próximas sessões.