Atriz brasileira de “Monstro”, da Netflix, abre o jogo sobre bastidores da produção

há 4 dias 13
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A atriz brasileira Bruna Fachetti, que integra o elenco de “Monstro: A História de Ed Gein”, da Netflix, concedeu uma entrevista exclusiva ao portal LeoDias para falar sobre sua experiência em uma produção internacional de gênero true crime e os desafios de construir uma carreira em Hollywood.

Falando sobre a adaptação ao set norte-americano, a atriz destacou a abertura dos profissionais, mas ponderou sobre a dificuldade em encontrar seu nicho: “Em geral, os americanos são muito diretos e fáceis de trabalhar. Todas as experiências que tive até hoje foram extremamente prazerosas e marcadas por muita generosidade. Eles realmente abrem as portas, compartilham conhecimento sem esperar nada em troca”.

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Reprodução / Instagram: @the_brazilian_actress_
Bruna Fachetti nos bastidores de MonstroReprodução / Instagram: @the_brazilian_actress_
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Bruna Fachetti nos bastidores de MonstroReprodução / Instagram: @the_brazilian_actress_
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Bruna Fachetti nos bastidores de MonstroReprodução / Instagram: @the_brazilian_actress_
Foto/Netflix
Terceira temporada de “Monstro”, da Netflix, retrata caso de Ed GeinFoto/Netflix
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Ella Beatty e Charlie Hunnam em foto divulgada pela NetflixFoto/Netflix
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Charlie Hunnam interpretou Ed Gein em "Monstro", da NetflixFoto/Netflix
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Contudo, a questão do perfil e da representação é um desafio constante. “O maior desafio, além da concorrência, é entender qual é o seu perfil dentro do mercado americano. Embora sejamos latinos, o brasileiro ocupa um lugar distinto, até mesmo por conta da língua e da cultura. Ainda existem muitos estereótipos”, afirmou.

A artista revelou que, de forma curiosa, é frequentemente escalada para papéis com sotaques europeus ou do meio-oeste americano, o que exige um esforço extra. A série da Netflix aborda a história sombria de Ed Gein, exigindo de Bruna uma imersão em temas pesados.

Ao longo da conversa, a atriz revelou como estabeleceu seu limite ético e emocional ao pesquisar sobre a personagem: “Parte do trabalho do ator é exercer empatia — colocar-se verdadeiramente no lugar do outro, independentemente da situação. Estudar a psicologia humana e compreender as minhas próprias questões pessoais me ajudou muito a entender esse universo e a lidar com ele de forma equilibrada”.

Bruna Fachetti fala sobre o impacto da sua personagem em “Monstro”

Sua personagem, uma prisioneira judia que reconhece seu torturador, foi um ponto de grande impacto emocional. “Fiz muitas pesquisas e até hoje me emociono ao falar da minha personagem. Por ser baseado em fatos reais, tudo se torna ainda mais impactante. Trabalhei com muito amor, buscando representar essas pessoas de maneira respeitosa e verdadeira. Minha cena era uma cena de retomada de poder, e minha intenção foi que o público sentisse isso, mesmo inconscientemente — como uma forma de honrar essas histórias e provocar uma resolução emocional”, disse.

Para “desligar” a tensão do set, Bruna recorre a práticas de autocuidado. “Acredito muito em energia. Então, costumo fazer exercícios de limpeza energética, como me imaginar envolta por uma luz violeta, por exemplo. Também faço terapia, que tem me ajudado muito a separar o que é meu e o que pertence ao outro”, acrescentou.

Refletindo sobre sua jornada, Bruna Fachetti compartilhou o conselho que daria para si mesma no início da carreira internacional. “A vida não é a linha de chegada — ela é o percurso. Então, pare para respirar, curta mais o processo e celebre cada pequena conquista. Confie mais em Deus e ouça menos as vozes externas”, analisou.

Questionada sobre seus próximos passos, a visibilidade de “Monstro” inspira a atriz a focar na cultura brasileira: “Atualmente, estou em fase de captação para um musical brasileiro com canções de bossa nova, que quero trazer para Los Angeles, para o Brasil e, depois, para o público global. Nossa música tem uma força imensa lá fora e é uma forma de representar o Brasil através da sua natureza, cultura, diversidade e universalidade”.

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