Delegado é preso por suspeita de extorsão a empresário, no Pará

sábado, 11/10/2025, 18:14

- Atualizado 11/10/2025, 18:36

- Autor: Sales Fontenele

No vai e vem das ruas e corredores da justiça, nem sempre o que parece rotina se mantém inalterado. Entre cumprimentos e papéis oficiais, surgem situações que desafiam a confiança da sociedade em quem deveria protegê-la. Na última sexta-feira (10), um desses episódios tomou forma com a prisão de um delegado da Polícia Civil em Belém, chamando atenção para as investigações sobre condutas irregulares dentro da corporação.

O delegado identificado como Francisco Adriano, que estaria lotado na Delegacia da Cabanagem, foi preso em flagrante acusado de supostamente extorquir um empresário proprietário de uma loja de armas e de um clube de tiro localizado no distrito do Apeú, em Castanhal.

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O delegado teria exigido uma quantia em dinheiro do empresário, que denunciou a situação às autoridades competentes, culminando na prisão em flagrante.

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O caso está sendo apurado pela Delegacia de Crimes Funcionais (DECRIF), em Belém, setor especializado em investigar condutas ilícitas praticadas por agentes públicos. Até o momento, as autoridades seguem coletando informações e depoimentos para definir os próximos passos do inquérito, que poderá resultar em medidas judiciais contra o policial.

ABORDAGEM NO MEIO DA RUA

A ação de flagrante foi registrada por câmeras de segurança de um imóvel próximo, mostrando a viatura da DECRIF cercando o veículo em que o delegado estava, acompanhado de outros dois homens ainda não identificados.

Durante a abordagem, o delegado se identificou, mas, ao perceber a presença do empresário que acompanhava a operação, tentou fugir. Em seguida, o suspeito foi algemado e colocado na viatura da Polícia Civil, sendo posteriormente apresentado na DECRIF.

NOTA OFICIAL

Em nota enviada à reportagem do DOL, a Polícia Civil afirmou: "A Polícia Civil do Estado do Pará informa que duas pessoas foram autuadas em flagrante pela Corregedoria-Geral da instituição, através da Divisão de Crimes Funcionais (DCRIF), pelo crime de concussão. Um dos suspeitos é servidor da PCPA. A Polícia Civil reitera o compromisso da Instituição com a ética e a legalidade na prestação do serviço de segurança pública eficaz e comprometido com a sociedade paraense."

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