O joalheiro de luxo Marcelo Assad Scaff Filho processou a socialite paulista, Margareth Costa Carvalho, acusando-a de um calote de 40 milhões de reais. Ao “Fantástico” deste domingo (19), ele disse que a mulher comprou joias exclusivas, mas não efetuou os pagamentos e se recusa a devolvê-las. Em contrapartida, ela garantiu que todos os itens foram quitados e ainda alegou que algumas peças são falsas.
Margareth possui uma coleção com brilhantes, diamantes e pedras raras. Ela vive em uma casa de dois mil metros quadrados, com ambientes folheados a ouro, na grande São Paulo.
Para compor o catálogo pessoal, Marcelo contou que a socialite se inspirava em peças usadas por figuras famosas, como as Kardashians e até mesmo a cantora Lady Gaga, e lhe pedia cópias. “Se uma cliente já tinha uma pedra de 10 quilates, a da Margareth era de 20. Era uma insaciedade por diamante”, relatou ele.
A ostentação também era compartilhada com a filha dela, Caroline. Segundo a ação movida pelo joalheiro, que está há 11 anos no mercado, Margareth encomendou peças para participar de uma semana de moda em Sardenha, na Itália. Porém, de acordo com ele, a socialite nunca pagou ou devolveu os produtos.
Parte da coleção de joias da socialite (Foto: Reprodução/TV Globo)Continua depois da Publicidade
“Tudo isso foi relacionado numa nota fiscal para ela poder sair do Brasil”, detalhou Marcelo. O documento é uma nota de consignação com 11 peças, avaliadas em R$ 246 mil. No mercado de joias, a prática é comum: o consumidor experimenta o produto e, se não quiser comprar, pode devolvê-lo ao proprietário.
O advogado da socialite, Ricardo dos Santos Maciel, argumentou que foi o joalheiro quem determinou a emissão desse tipo de documento. “Ela solicitou pra ele, a nota fiscal. Só que pra gerar uma nota fiscal de compra e venda, ele teria que pagar imposto. Me parece que ele não quis, e emitiu para minha cliente, uma nota de consignação”, declarou.
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Já uma conversa entre proprietário e cliente entregou outra versão. “Marcelo, manda as minhas consignações hoje, tá? Eu tô cansando de pedir pra você”, disse Margareth em um dos áudios, mostrados pelo dominical. Marcelo também encaminhou uma mensagem para a mulher falando que o valor de uma das notas foi mais baixo, como ela havia pedido.
Mais problemas surgiram após uma viagem da socialite com a filha pela Costa Amalfitana, quando postaram fotos usando os acessórios. Ao retornar, Margareth passou a afirmar que o valor das peças não estava compatível. Marcelo, então, substituiu a nota fiscal de consignação pela nota fiscal de venda das joias. Corrigido, hoje, o montante passa dos R$ 40 milhões.
Nota de consignação com 11 peças valiosas foi emitida em junho de 2024 (Foto: Reprodução/TV Globo)Continua depois da Publicidade
“240 mil reais foi simbólico para o trânsito de mercadoria no período em que ela estaria fora do Brasil. Ela foi informada de que, quando chegasse da Itália, teríamos um prazo de 99 dias para lançar a nota fiscal de venda no valor correto”, justificou o profissional.
Após a cobrança, Margareth passou a acusar Marcelo de fazer mercadorias falsas, e disse que só realizaria os pagamentos depois que ele substituísse as peças. De acordo com Maciel, as mercadorias passaram pela análise de um especialista que foi anexada nos autos do processo.
“Dentro da casa dela tinha um testador de diamantes. Então ela não tem como falar que não eram diamantes”, rebateu o joalheiro. Antes que o caso fosse parar na Justiça, houve uma reunião. “[O filho dela] pediu que ela devolvesse e ela disse: ‘Eu não posso ficar longe dos meus bebês, de maneira nenhuma’. Os bebês eram as joias, como ela sempre se dirigia às joias dela”, recordou Marcelo.
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Defesas se pronunciam
O advogado de Margareth argumentou que não houve calote. “Não compete ao consumidor fazer ou obrigar o fornecedor emitir a nota. Isso é um dever do fornecedor”, pontuou. Por outro lado, o representante de Marcelo afirmou que Margareth teria fraudado o processo. Joalheiro e socialite tiveram uma relação comercial ao longo de oito anos.
“Ele não vendeu só essas 11 joias. Ele vendeu quase 200 joias. Então o que sobrou desse lote, que não foi pago, foram essas 11, que ele foi produzindo e entregando para ela”, detalhou Bruno Costa Behrndt. Conforme ele, apenas as 11 joias que não foram pagas não tiveram nota fiscal emitida.
Margareth ao lado da filha, Caroline (Foto: Reprodução/TV Globo)Continua depois da Publicidade
O advogado de Margareth apresentou um termo de quitação, datado de abril de 2024, atestando que todas as negociações realizadas até a respectiva data estavam devidamente pagas. “A minha cliente não deve nada para ele. Por qual razão ela vai devolver as peças? Não faz sentido algum”, concluiu Maciel.
Já a defesa de Marcelo rebateu, salientando que o termo de quitação não se refere ao pagamento que está sendo cobrado na ação. “A juíza não aceitou esse termo de quitação porque ele é genérico. Ele não está especificando a dívida, o valor e nem a natureza jurídica do negócio”, relatou.
O joalheiro indicou, ainda, que, após a emissão do termo de quitação, Margareth continuou comprando joias e realizando pagamentos parcelados. “Um anel de, mais ou menos, US$ 1,2 milhão compõe a nota”, revelou. Com a cotação atual, o item equivale a mais de R$ 6 milhões.
Assista:
Calote de luxo: como disputa entre joalheiro e socialite por venda de joias no valor de R$ 40 milhões foi parar na justiça https://t.co/hZi8LLMcRm #g1 pic.twitter.com/P2GzSxnh4M
— g1 (@g1) October 20, 2025
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