Metanol: 7ª vítima em SP é jovem encontrado morto em casa; mais dois morreram após o mesmo churrasco Metanol: 7ª vítima em SP é jovem encontrado morto em casa; mais dois morreram após o mesmo churrasco

De acordo com a emissora, Cleiton da Silva Conrado passou mal após ingerir bebida alcoólica com a companheira dele, Jhenifer Carolina dos Santos Gomes. Ela foi achada desacordada e levada ao hospital, onde morreu horas depois. O falecimento dela, no entanto, ainda não aparece como investigado pelas autoridades.

Cleiton morreu no dia 23 de setembro. Os exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) indicaram que havia 16dg/L de metanol no sangue dele e a presença de cocaína, conforme a TV Globo.

Horas antes, o casal tinha ido a um churrasco na casa de outra vítima, Daniel Antonio Francisco Ferreira, de 23 anos. O jovem também passou mal e faleceu dois dias depois de Cleiton.

Cleiton, Daniel e Jhenifer morreram após o churrasco entre amigos. (Foto: Reprodução/TV Globo)

De acordo com o boletim de ocorrência, obtido pelo canal, o médico do Samu que atendeu ao chamado encontrou Cleiton caído com suspeita de overdose e sem sinais de violência.

A viúva de Daniel, Josiellen dos Santos de Jesus, de 27 anos, era prima de Jhenifer e contou que eles tinham combinado de fazer um churrasco para conhecer o companheiro dela, Cleiton. Segundo Josiellen, várias pessoas participaram do evento, mas apenas Jhenifer, Cleiton e Daniel continuaram bebendo até mais tarde.

Josiellen afirmou que Daniel sempre comprava bebida em uma adega próxima e nunca tinha tido problemas. Naquela noite, de acordo com o relato da viúva, Cleiton e Daniel adquiriram primeiro um combo de uísque com energéticos, e retornaram outras vezes para pegar mais combos, incluindo gin.

Conforme Josiellen, peritos foram ao local do churrasco e recolheram todas as garrafas. Ela e Daniel estavam juntos havia sete anos e tinham uma filha de quase um ano de idade. “A gente fez um churrasco em casa para conhecer o marido da minha prima, que foi o primeiro que faleceu, o Cleiton. Depois, minha prima também morreu. A minha sorte é que eu não bebo. Senão, estaria ele (Daniel) em um caixão e eu do lado em outro“, declarou.

Cleiton da Silva Conrado foi a sétima vítima em SP por metanol. (Foto: Reprodução/TV Globo)

Na última sexta (17), a Polícia Civil identificou dois postos de combustível suspeitos de vender etanol adulterado com metanol. Os estabelecimentos, localizados em São Bernardo do Campo e Santo André, foram fiscalizados por agentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo a investigação, um dos postos, em Santo André, seria o principal fornecedor do etanol “batizado”.

As apurações fazem parte da “Operação Carbono Oculto”, que investiga a infiltração da facção criminosa PCC em todas as etapas da produção e comercialização de combustíveis no país. A descoberta dos postos ocorre após uma série de casos de intoxicação por metanol registrados desde o fim de setembro.

De acordo com o governo paulista, os casos confirmados envolvendo o metanol cresceram de 38 para 42. Os investigados caíram para 18, incluindo um óbito em Piracicaba, de um paciente de 49 anos. 423 suspeitas também foram descartadas até esta quarta-feira (22).

As outras mortes confirmadas por intoxicação por metanol no estado são: Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, de São Paulo; Marcos Antônio Jorge Júnior, de 46 anos, de São Paulo; Marcelo Lombardi, de 45 anos, de São Paulo; Bruna Araújo, de 30 anos, de São Bernardo do Campo; Daniel Antonio Francisco Ferreira, de 23 anos, de Osasco; e Leonardo Anderson, de 37 anos, de Jundiaí.

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