O remake de “Vale Tudo” vai chegando ao fim, e, além do faturamento astronômico e do buzz nas redes sociais — positivos e negativos —, o que realmente deve marcar essa nova versão é a autoria. E não exatamente no melhor dos sentidos. Internamente na Globo, Manuela Dias passou a ser um nome diretamente associado a privilégios. Sua proximidade com Amauri Soares, o atual “todo-poderoso” da emissora lhe garante acessos e liberdade que outros autores, mesmo veteranos, não possuem.
Os relatos nos bastidores são numerosos — e consistentes. Do time de roteiristas que atuaram com ela, poucos trazem elogios. Em geral, os comentários são quase idênticos: uma profissional de difícil trato, com episódios que vão de etarismo a grosserias, além de pedidos considerados atravessados ou até abusivos.
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Antes que a autora tente rebater, como já fez anteriormente, alegando que as críticas são fruto do machismo ou do simples fato de ser mulher, vale lembrar que os relatos vêm de profissionais de todos os gêneros. Homens e mulheres, muitos dos quais já até cogitaram acionar o setor de compliance da Globo. A poda de Taís Araujo é só uma ponta do iceberg.
Na prática, suas condutas têm chegado antes de suas bandeiras. E o resultado, infelizmente, expõe um dos lados mais amadores e desorganizados da dramaturgia da emissora — um “fundo de quintal” que pouco combina com o histórico de excelência que a Globo tanto preza e promove.