A polícia francesa divulgou novas imagens do roubo no Museu do Louvre, em Paris. O vídeo mostra quatro homens fugindo após levar joias da realeza francesa. O crime, que durou sete minutos, causou prejuízo estimado em € 88 milhões.
Nesta quarta-feira (22), a polícia francesa divulgou novas imagens do roubo ao Museu do Louvre, ocorrido no domingo (19). No vídeo, quatro homens suspeitos aparecem fugindo do local a bordo de um elevador de carga.
Segundo as autoridades, toda a operação durou apenas sete minutos, e começou por volta das 9h30 (horário local, madrugada no Brasil), cerca de meia hora após a abertura do museu. Os criminosos invadiram a Galeria Apollo, onde ficam expostos os Diamantes da Coroa e outras joias históricas.
De acordo com a investigação, dois dos ladrões utilizaram um guindaste acoplado a um caminhão para arrombar uma janela voltada para o Rio Sena, usando uma serra radial. Enquanto isso, outros dois cúmplices aguardavam em um veículo estacionado ao lado do prédio. Já dentro da galeria, os invasores quebraram as vitrines e levaram nove joias.
O alarme chegou a ser acionado, mas eles não se abalaram. Na sequência, o grupo desceu novamente pelo guindaste e fugiu em duas motos. As imagens recém-divulgadas mostram justamente a fuga e impressionam pela frieza e tranquilidade com que os criminosos agiram. Assista abaixo:
🇫🇷 FLASH | De nouvelles images révèlent le sang-froid et la facilité avec lesquels les malfaiteurs du Louvre ont opéré leur vol en plein jour.pic.twitter.com/jS2gXtHmL4
— AlertesInfos (@AlertesInfos) October 22, 2025
O museu reabriu nesta quarta-feira (22) pela primeira vez desde o crime, mas a Galeria Apollo permanece fechada ao público. Segundo a Promotoria de Paris, as perícias continuam em andamento e quatro pessoas já foram identificadas, embora ainda haja dúvidas sobre a participação de outros envolvidos. O governo francês chamou o crime de “deplorável” e prometeu reembolsar turistas afetados pela interrupção das visitas.
Prejuízo milionário
Ao todo, os criminosos levaram oito peças da realeza francesa, de valor histórico e artístico inestimável. Entre elas, estava a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, composta por 1.354 diamantes e 56 esmeraldas. A joia foi posteriormente encontrada danificada em uma rua próxima ao museu.

Entre as peças ainda desaparecidas estão:
– uma coroa com safiras e quase 2.000 diamantes;
– um colar com oito safiras do Sri Lanka e mais de 600 diamantes da rainha consorte Maria Amélia;
– um conjunto de colar e brincos da imperatriz Maria Luisa, segunda esposa de Napoleão Bonaparte, com 32 esmeraldas e 1.138 diamantes;
– e um broche com 2.634 diamantes da imperatriz Eugênia, adquirido pelo Louvre em 2008 por € 6,72 milhões (cerca de R$ 42,2 milhões).
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Em entrevista à rádio RTL, a promotora Laure Beccuau informou a extensão do prejuízo: “O curador do Louvre estimou os danos em 88 milhões de euros (R$ 550,2 milhões), uma quantia extremamente impressionante, embora não comparável às perdas históricas”.
O item mais valioso da coleção, porém, permanece intacto: o lendário diamante Regent, de 140 quilates, avaliado em US$ 60 milhões (cerca de R$ 377 milhões), segundo estimativas da casa de leilões Sotheby’s.
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