Vittor Fernando diz que foi ameaçado de processo por se fantasiar de Fofão, e revela atitude; assista Vittor Fernando diz que foi ameaçado de processo por se fantasiar de Fofão, e revela atitude; assista

O tema da festa era “A Máquina do Tempo”, e Vittor quis homenagear o ícone dos anos 1980. No entanto, a escolha parece não ter agradado a família de Orival Pessini, criador e intérprete original de Fofão.

“Vou explicar aqui pra vocês por que eu apaguei todos os vídeos da minha fantasia de Halloween, pra encerrar esse assunto. Quem me acompanha aqui sabe que eu me fantasiei de um personagem brasileiro, icônico, porque eu queria homenagear uma figura brasileira e já tinha pensado nisso até antes de saber o tema do baile”, começou Vittor.

O influenciador contou que pesquisou bastante sobre Pessini e o personagem antes de montar o visual, garantindo que queria celebrar a história de forma respeitosa.

“Fiz muita pesquisa, tanto sobre o personagem como sobre quem interpretou o personagem — um ator genial — e também sobre os direitos autorais, porque eu sabia que era um personagem brasileiro e que provavelmente alguém teria esses direitos. Entendendo isso, eu não usei o personagem pra nenhum fim lucrativo, porque eu sabia que não podia”, reafirmou.

Vittor Fernando se fantasia de Fofão Assassino para o Halloween da Sephora. pic.twitter.com/8wVB0nMpkI

— poponze (@poponze) October 18, 2025

Segundo ele, marcas chegaram a procurá-lo para parcerias relacionadas à fantasia, mas ele recusou: “Neguei várias sondagens de publicidade de marcas que estavam querendo ativar comigo, porque eu sabia que estava fazendo um personagem que tem direitos autorais e que eu não poderia ganhar dinheiro em cima disso. Porém, eu poderia me fantasiar pra curtir e me divertir, como qualquer outra pessoa pode se fantasiar de qualquer personagem, como a gente sempre faz, né? Inclusive, praticamente todo mundo tava fantasiado de algum personagem”.

Vittor reforçou que sua única intenção era se divertir e entreter o público. “Eu barrei qualquer possibilidade de lucro por respeito ao personagem e ao detentor dos direitos autorais. Eu só queria me divertir mesmo, como eu sempre faço — brincar aqui com vocês, criar, surpreender vocês, que é uma coisa que eu gosto. Eu amo Halloween”, declarou.

Contudo, após publicar o vídeo com a fantasia completa, passou a receber mensagens de ameaça. “Comecei a receber várias mensagens na DM, no e-mail… Meus empresários também começaram a receber várias mensagens. Os profissionais que trabalharam comigo desenvolvendo essa fantasia também receberam inúmeras mensagens com ameaça de processo, dizendo que, se não retirasse o conteúdo, a gente seria processado e tudo mais. Teve postagens também, que depois apagaram, mas chegaram a postar falando sobre o assunto”, contou.

Fofão com Simony nos anos 1990. (Foto: Reprodução)

Sem citar nomes, o comediante afirmou ter sido “exposto” por pessoas antes mesmo de ver as mensagens avisando sobre o possível processo. “Dito isso, eu poderia simplesmente dizer ‘não, não vou apagar’, porque eu não cometi nenhum crime. Existe também a liberdade de você poder se fantasiar de qualquer coisa que quiser. Eu seria processado e não necessariamente perderia esse processo, mas eu não quero ter que ficar me desgastando com isso“, esclareceu.

Por fim, Vittor decidiu encerrar o assunto: “Foi só uma fantasia de Halloween. Então, preferi apagar tudo e encerrar esse assunto pra não ficar me desgastando, porque não vale a pena. Eu fiz como uma homenagem, fiz pra me divertir e divertir vocês. E é isso, não quero me desgastar”.

Assista ao desabafo completo abaixo:

Após sucesso em festa de Halloween, Vittor Fernando é ameaçado de processo por família de Fofão pic.twitter.com/F010xcQB7r

— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) October 21, 2025

Histórico de disputas

Essa não é a primeira vez que os familiares de Orival Pessini se manifestam contra o uso do personagem. Em 2024, eles moveram uma ação contra a Carreta Furacão por uso indevido de uma versão inspirada em Fofão, chamada “Fonfon”.

Na ocasião, o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu a empresa de explorar a imagem do personagem e determinou o pagamento de R$ 70 mil em indenização por danos morais à família de Pessini. A decisão foi mantida pela 2ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, em julho de 2024.

“O criador do personagem Fofão já tinha declarado não desejar que seu personagem fosse utilizado para outra finalidade que não fosse o entretenimento do público juvenil, […] por desejo seu, as máscaras e trajes do personagem foram destruídos após o óbito de seu criador”, destacou o desembargador José Carlos Ferreira Alves, à época.

A empresa alegou que “Fonfon” não era plágio, mas uma paródia e homenagem ao boneco original.

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